Parece um mundo paralelo olhar para a classificação do Mundial de Construtores da MotoGP e encontrar a toda-poderosa Honda na lanterna. Com só 85 pontos conquistados em 85 etapas, a marca da asa dourada hoje amarga a última colocação entre as seis fábricas na disputa, 161 pontos atrás da líder Ducati.
Chefe do time, Alberto Puig não titubeou antes de assumir que é um ano muito aquém das possibilidades da marca. Mas o problema é que também não parece haver uma luz no fim do túnel. Com Marc Márquez ainda sem uma previsão de retorno após a quarta cirurgia no braço direito, os japoneses estão nas mãos de Pol Espargaró, Stefan Bradl, Álex Márquez e Takaaki Nakagami, um quarteto que já mostrou que não consegue fazer mágica com a RC213V.
É claro que a tabela de pontuação é a prova cabal da temporada decepcionante da Honda, mas os indícios, até que positivos, da pré-temporada deixam tudo ainda mais desanimador. Ainda na fase de testes para 2022, parecia que os engenheiros tinham encontrado um bom rumo com a RCV, mas nada acabou por se consolidar.
A Honda precisa, urgentemente, achar um rumo com a moto, não só para 2022, mas também olhando para 2023. O problema é que a solução parece residir apenas em Marc Márquez, que não pode, de forma nenhuma, desviar um milímetro da recuperação física para tentar salvar a moto, já que corre o risco de mais uma vez comprometer a recuperação e voltar a andar em círculos como tem feito desde o acidente na abertura da temporada 2020.
Fonte: https://www.grandepremio.com.br/grandepremium/10/motogp/materias/ficar-de-olho-segunda-metade-motogp-2022/